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Mercado de ATMs se solidifica ainda mais nos EUA

A The Brink’s Co., conhecida no Brasil como transportadora de valores, anunciou no início de abril a aquisição da PAI Inc., maior provedora privada de serviços de ATM dos Estados Unidos, por US$ 213 milhões. A estimativa é que a PAI gere receita anual de cerca de US$ 320 milhões, disse a Brink’s em um comunicado.

O negócio vai proporcionar à Brink’s uma plataforma de serviços e mais de 100 mil locais de oferta de caixas eletrônicos nos Estados Unidos. Na Europa, a empresa assumirá a propriedade total e fornecerá serviços gerenciados a instituições financeiras para mais de 11 mil ATMs. As ações da Brink’s não estavam ativas no pré-mercado, mas ganharam 12% no ano até o momento, enquanto o S&P 500 ganhou 8,6%.

Para Nilo Mingrone, cofundador da ATM Club, empresa especializada no desenvolvimento e gerenciamento de máquinas de rede de caixas eletrônicos nos Estados Unidos, essa aquisição solidifica ainda mais o mercado de ATMs no país e indica uma opção interessante de investimento tanto para cidadãos americanos quanto para estrangeiros.

Francisco Moura Junior, cofundador, CMO e COO do ATM Club — que também oferece um clube de investimentos na rede de cerca de 500 caixas eletrônicos mantidos pela empresa —, informa que o mercado global do segmento prevê um crescimento em torno  de 5,2% de 2020 a 2027, com movimentação de US$ 30,5 bilhões no período.

Ele defende a longevidade e rentabilidade da rede de caixas no curto prazo. “Com o serviço de banco on-line em ascensão, a estrutura das agências bancárias está diminuindo em todo o mundo”, aponta.

Alternativa de investimentos

Criado com o objetivo de ajudar empresários e investidores de outros países a terem seus próprios negócios nos Estados Unidos, com segurança e sem burocracia, em um setor com grande potencial de crescimento, no ATM Club o investidor se torna o proprietário de uma rede de caixas eletrônicos, recebendo comissões a cada retirada.

Segundo Francisco Moura Junior, os caixas eletrônicos estão presentes nas ruas, em lojas, mercados, shoppings, em passarelas e em estações de metrô. “Apesar do avanço progressivo dos sistemas de pagamento em todo o mundo, e todas as inúmeras facilidades que isso envolve, o bom e velho terminal de autoatendimento não vai sumir tão cedo”, garante.

Para o empresário, os terminais são ótimas opções para aqueles que não gostam de viajar com muitos dólares ou então para quem comprou muito e ficou sem dinheiro.

Já para o investidor, o negócio pode proporcionar um retorno de aproximadamente 8% no primeiro ano, 10% no segundo e ROI de, em média até 1% ao mês a partir do terceiro ano. “É importante lembrarmos que esses números são baseados na experiência do passado, o que não garante  rentabilidade no futuro”, destaca.

Presente em cidades como Orlando, Miami, Nova Iorque, Nova Jersey e São Francisco, o ATM Club tem uma rede hoje de aproximadamente 500 pontos de atendimento e o investidor pode formar uma rede própria, de acordo com o aporte inicial. Francisco recomenda um investimento inicial de US$ 50 mil, o que equivale a cinco ATMs. “O valor mínimo é de US$ 10 mil, sendo US$ 7,5 mil do ATM com locação por cinco anos e US$ 2,5 mil de capital de trabalho que é o dinheiro que circula, ou seja, está na máquina ou na conta e é aportado uma única vez”, detalha.